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DR
Luz de prata
Distante e ausente
Como o teu brilho passou a ser diferente!
Teu resplendor fez-se sombra
de eclipse perfeito
A escuridão tomba
Oprimindo o meu peito
O meu mar continua de breu
Num ondular espumoso
Raivoso
Luz de prata
Ora levada
Ilumina um outro leito
Descansa noutro peito
Eu ficarei
nesta escuridão
de solidão
Visitante
DR
DR
Pouco passava da meia noite quando engrenou a primeira velocidade e arrancou ligeiro.
Como esperava a um natural fluxo de tráfego nos primeiros quilómetros, optou por uma condução tranquila.
Pouco a pouco o trânsito começou a escassear.
Tinham decorrido trinta minutos desde que saíra do seu ponto de partida.
O seu olhar dividia-se entre o leito do asfalto e a paisagem circundante, que já conhecia de cor, mas que nunca se cansava de ver.
De repente, notou algo de pouco habitual para aquelas horas.
Uma luminosidade pálida banhava a paisagem, imprimindo-lhe contornos ora definidos ora fantasmagóricos.
Aí estava a "Luz de Prata fugidia"...
A Lua Cheia vingava-se assim do eclipse que lhe fôra infligido na noite anterior.
A recordação da "Luz de Prata Fugidia" tomou conta do seu espírito...
Não pôde deixar de sorrir para si próprio, ao mesmo tempo que fincava as mãos no volante e pressionava o acelerador.
A vertigem da velocidade fê-lo rir, as suas gargalhadas ecoando dentro do habitáculo como se reverberassem nos claustros de uma igreja.
O automóvel galgava vertiginosamente os quilómetros que o separavam do seu destino, em alta rotação.
Quando, extenuado e excitado, estacionou o carro à porta de sua casa, retirou a bagagem e olhou para o céu.
O firmamento fora encoberto por nuvens de chuva.
A "Luz de Prata fugidia" fôra substituída pela luz "amarelo-mortalha" dos candeeiros de iluminação pública da cidade.
Encolheu os ombros, abanou a cabeça sorrindo, e preparou-se para dormir umas horas.
Fôra, afinal, apenas mais uma noite de viagem.
Visitante
D.R
Noite de sábado, A1, ao quilómetro "sessenta e muitos".
Depois de passada a zona das obras de alargamento, encostei-me à faixa direita, mantive o pé em "acariciamento-mode" sobre o acelerador e fui olhando o espectáculo nocturno à volta.
Era uma noite de Lua Cheia.
Mas o firmamento estava oculto por nuvens. Negras.
Da Lua, só se vislumbrava o resplendor que, teimosamente, assomava por trás de cúmulos, nimbos e quejandos.
Era o luar possível.
Mas eu gostei.
Tenham uma boa semana de trabalho / férias (conforme a hora, o lugar, a disposição e a condição)
Visitante