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...com um parafuso a menos....aaaaa....
quero dizer... com um órgão a menos, mas estou de regresso!
Antes de responder a todos os comentários que me fizeram, quero desde já agradecer a todos os que, mais ou menos frequentemente, me ligaram, a saber do meu estado de saúde.
A todos, um sentido "muito obrigado"! Vocês não fazem uma pequena ideia do quanto me ajudaram a ultrapassar esta semana de internamento.
Bom, e agora, vou contar-vos um pouco da minha odisseia destes últimos oito dias, que, como vocês sabem, começou assim.
Na sexta-feira 9, de missiva da minha médica de trabalho em punho, saí do meu emprego e dirigi-me de imediato às urgências do Hospital de S. José, onde dei entrada às 17:58.
Após a recepção, fui submetido a raio-X, análise ao sangue e ecografia abdominal.
HM
Tudo isto, como é lógico, em "velocidade de caracol". No momento em que tirei esta foto com o meu telemóvel, estava à espera de poder fazer a ecografia, coisa que só aconteceu cerca das 23:00.
Também é preciso ter em conta que aquele Banco do Hospital de S. José estava pejado de doentes com gripe.
Após a ecografia, a jovem médica que me atendeu ("una nuestra hermana" de trato impecável) disse-me com o ar mais natural deste mundo (e num português arrevezado): "O Sr. já não vai sair, pois irá ser operado esta noite".
(Não fiquei surpreendido. Antes de sair do emprego, eu pesquisara na internet elementos acerca daquilo que se suspeitava eu tivesse. E vi que quase todos os casos redundavam em intervenção cirúrgica. Como tal, eu já ia mentalizado).
Convoquei mulher e filhote para irem ter comigo a S. José e disse-lhes o que iria acontecer. Passei a chave do meu carro ao meu filho para que ele o levasse para casa.
Depois, a troca de roupa (brrrr! estava frio!), e a ida de maca para o bloco operatório - o mesmo bloco onde eu tinha sido operado ao nariz três anos antes e que sofreu profundas obras de beneficiação, tendo agora um muito melhor aspecto.
Estava eu a apreciar a parafernália de equipamento à minha volta enquanto a médica anestesista dava instruções aos enfermei....
...
..."Sr. Henrique!!!
", ouvi eu....
Abri os olhos, fechei-os e abri-os de novo... e disse, já em tom de brincadeira, para os presentes: "Eh pá, vocês fazem uma má vizinhança desgraçada! Não deixam um tipo dormir sossegado!" Eram 03:40.
Passei a mão pelo abdómen e dei conta dos meus novos e provisórios "adereços". Prudentemente, retirei a mão. Afinal, ainda estava meio-"grog"...
HM
A jovem médica veio ter comigo para se inteirar do meu estado, e explicou-me o que fôra feito: a minha vesícula estava totalmente inflamada, inclusivamente com um rompimento que só não deixou a inflamação espalhar-se para os orgãos vizinhos porque alguns cálculos (vulgo "pedras"), o obstruíam .
Aaaaa... onde é que eu ia?... AH!, já me lembro!
Depois de algumas horas no recobro do bloco operatório (estava lá tão bem...), era a altura do meu primeiro banho pós-operatório. Apropriadamente designado por "lavagem à gato", consiste numa lavagem feita na própria cama do recobro, onde temos de nos virar para um lado e para o outro enquanto nos passam um pano húmido pelo corpo (as "partes gagas" são limpas pelo próprio doente... hehehehe).
Depois, avisaram-me de que iria ser transferido para o Hospital dos Capuchos, onde está sedeado o serviço especialista dos casos como o meu.
Uma curta viagem de ambulância e eis-me a entrar no Hospital dos Capuchos (... Visitantes, quando um tipo está numa maca de uma ambulância, num pós-operatório de poucas horas, aí sim, é que sente NA PELE - e na zona operadaui ui!! - como as ruas de Lisboa são irregulares... ufa!!).
E pronto... estou numa cama de hospital pela segunda vez na minha vida.
Depois de cumpridas as formalidades, preparei-me para os dias de convalescência que fossem necessários, para o que me armei de maciças doses de paciência e bom humor.
(Continua)
Visitante