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DR
Pouco passava da meia noite quando engrenou a primeira velocidade e arrancou ligeiro.
Como esperava a um natural fluxo de tráfego nos primeiros quilómetros, optou por uma condução tranquila.
Pouco a pouco o trânsito começou a escassear.
Tinham decorrido trinta minutos desde que saíra do seu ponto de partida.
O seu olhar dividia-se entre o leito do asfalto e a paisagem circundante, que já conhecia de cor, mas que nunca se cansava de ver.
De repente, notou algo de pouco habitual para aquelas horas.
Uma luminosidade pálida banhava a paisagem, imprimindo-lhe contornos ora definidos ora fantasmagóricos.
Aí estava a "Luz de Prata fugidia"...
A Lua Cheia vingava-se assim do eclipse que lhe fôra infligido na noite anterior.
A recordação da "Luz de Prata Fugidia" tomou conta do seu espírito...
Não pôde deixar de sorrir para si próprio, ao mesmo tempo que fincava as mãos no volante e pressionava o acelerador.
A vertigem da velocidade fê-lo rir, as suas gargalhadas ecoando dentro do habitáculo como se reverberassem nos claustros de uma igreja.
O automóvel galgava vertiginosamente os quilómetros que o separavam do seu destino, em alta rotação.
Quando, extenuado e excitado, estacionou o carro à porta de sua casa, retirou a bagagem e olhou para o céu.
O firmamento fora encoberto por nuvens de chuva.
A "Luz de Prata fugidia" fôra substituída pela luz "amarelo-mortalha" dos candeeiros de iluminação pública da cidade.
Encolheu os ombros, abanou a cabeça sorrindo, e preparou-se para dormir umas horas.
Fôra, afinal, apenas mais uma noite de viagem.
Visitante