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Olá, Visitantes
No passado dia 15 de Junho completei mais um ano de serviço na Sociedade Portuguesa de Autores.
Já lá vão 38 anos...
Trinta e oito anos!!!!... Por vezes ponho-me a pensar em todo o caminho percorrido... e sabem que mais?... Ainda hoje abraço a causa do Direito de Autor, não como mera profissão, mas com a mesma convicção e o entusiasmo que tinha quando era rapaz.
Como vocês estão fartos de me ver em fotos daqui e de acolá (eu já pareço Deus Nosso Senhor; está em toda a parte... e eu já lá estive... ), agora vou mostrar-vos o meu lado mais ... AHRAM ... institucional.
Quanto à razão da gravata ou da falta dela... eu depois contar-vos-ei uma história...
Ora vejam:
No inverno é assim:
Foto Sónia Godinho
No verão... para não ficar "assado"... é assim:
Foto Paulo Cardoso
Ao serviço do Autor.
Ao serviço da Cultura.
Tenham um bom fim de semana
Visitante
Segunda feira, 15 de Junho de 1970.
Ansioso na verdura dos seus treze anos, mas ao mesmo tempo decidido, o catraio entrou pela primeira vez por aquela porta de um velho prédio da Avenida Duque de Loulé.
Ia começar uma nova vida.
Foi recebido pelos que iriam ser seus convivas diarios durante alguns anos. Depois, num ritual que, infelizmente, caiu em desuso, foi apresentado a todos os que na altura trabalhavam na Empresa.
Assim começou um percurso, umas vezes sem sobressaltos, outras vezes atribulado, que o tem conduzido até aos dias de hoje.
Naquela Empresa cresceu e se fez homem. Progrediu. Abriu horizontes.
Hoje, tem um justificado orgulho em trabalhar onde trabalha. Transformou uma "razão de vencimento" em causa de vida. Juntou as palavras "profissão" e "convicção" num único objectivo.
O meu nome é Henrique Marques.
Completo hoje trinta e sete anos ao serviço da
Sociedade Portuguesa de Autores.
Ao serviço do Autor.
Ao serviço da Cultura.
Visitante
Olá, Visitantes
Hoje vou dedicar um post ao Dia do Autor.
Esta é uma matéria à qual eu sou particularmente sensível, pois, como pessoa que acredita na Cultura, tenho forçosamente de acreditar no Autor, seu agente primário e principal.
Por conseguinte, defendo uma coisa que muita gente acha uma chatice, um exagero, que não se devia pagar, etc etc etc, mas que é um dos direitos fundamentais da Constituição da República Portuguesa: o DIREITO DE AUTOR.
Defendo-o por profissão, como alguns de vocês sabem... mas defendo-o também por convicção.
Não vos prometo quando, mas certamente voltarei a pronunciar-me sobre este assunto.
Para já, deixo-vos a mensagem deste ano do Dia do Autor, escrita por Baptista-Bastos:
"COM AS PALAVRAS, COMO É HÁBITO":
|
“Qual o poder do Autor, num mundo onde as palavras foram substituídas por números que subtraem, omitem ou rasuram as pessoas? Apesar do cerco actual, aprendemos com outros cercos e sobrevivemos a outros perigos e ameaças. A nossa história foi-se construindo na ilusão, um pouco louca, um pouco presunçosa, de nos anteciparmos a nós próprios a fim de estabelecer a ponte entre isto e aquilo.
Escrever, criar, sonhar não são, apenas, representações: são projectos e projecções ideológicos, e renovadas relações entre História e memória. Não há que fugir a isto: ao compromisso exemplificado na declaração tremenda de que a batalha pela liberdade de criação implica a recusa da mentira e uma permanente resistência à opressão e à tirania. Temos de estar cada vez mais atentos e cautelosos. As minúcias do cerco tornaram-se extremamente subtis e, por isso mesmo, mais operativas. Querem fazer-nos crer na fragilidade da palavra, na fugacidade da arte, na desimportância do acto de pensar. Acaso essas afirmações possuam algo de verdadeiro. Porém, a opção cultural não é questão de previsões, de cálculos, de estatísticas - exactamente porque estamos a falar da condição humana, a argila com a qual o Autor molda a natureza das suas imperfeições, na procura de uma improvável perfeição.
O nosso horizonte nasce e amplia-se através de fortes imperativos éticos e de consistentes decisões morais. A estética resulta do almofariz onde se procede a essa fusão, e a invenção de formas provém da probidade com que trabalhamos no nosso ofício. O Autor não é uma criatura neutra e muito menos independente ou imparcial. Escrever, criar, sonhar são sempre lugares de encontro e de procura do outro. Interpelar é tomar o partido da compreensão, para se refazer o caminho. Responsáveis pelas nossas palavras, poderemos vir a ser culpados de as utilizar sem a autoridade moral e a nobreza por elas exigidas. Com o tempo e com a prática aprendemos que as coisas insignificantes devem ser tratadas com a maior seriedade.
Talvez o mundo de outrora fosse mais simplificado, sem deixar de ser menos complexo ou perigoso. Enfrentámo-lo na certeza de que as palavras continham, no seu bojo, a magnitude da esperança, e a crença de que poderiam modificar as coisas e os destinos. Enfrentámo-lo no limiar do desassossego que torna cúmplices o coração e a razão.
Enfrentámo-lo e aqui estamos, herdeiros de um legado de insubmissão e de altivez. Aqui estamos, para o que der e vier.
Com as palavras, como é hábito. “
Baptista-Bastos
(Texto extraído da página de internet da SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES)
Tenham uma boa noite
Visitante