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HM
Guincho, 13 DEZ 2008
Conduzo o meu carro sem rumo certo
Os olhos na estrada
A cabeça não sei onde
Na minha alma, outrora um deserto,
Martelo questões sobre questões
Que a vida, ela própria, responde
Chove copiosamente,
Distorcendo as imagens da minha janela,
Recordo interiormente
Outro espaço
Que ora se me revela
De tristeza e pranto
Outro tempo na memória repasso
De revolta... Enquanto...
Uma avalancha de recordações
Aflui... pedaço a pedaço...
De novo,
Páro na berma e olho o mar a bater
Bravio...
De novo,
Sinto-me pequeno perante este poder
... calafrio ....
A ondas vão e vêm
Em corropio
A espuma ergue-se em cortina
num ar húmido e frio
Retomo a estrada
Finco as mãos no volante
Fixo o olhar em frente
Resoluto, sigo adiante
Guardo a memória num canto
E sigo estrada fora
Nos lábios ponho um sorriso
Enquanto chove... lá fora...
Visitante
DR
Hoje apetecia-me escrever algo, como que uma crónica romanceada, sobre a minha viagem que fiz esta madrugada, debaixo de chuva, entre o Porto e Lisboa.
Ainda pensei em começar um pomposo relato na terceira pessoa com uma frase do género "entrou no carro negro que o esperava para mais uma viagem através de uma noite tempestuosa"... mas...
... Mas desisti... Hoje apetece-me escrever, mas não estou para aí virado...
Ainda pensei em pôr aqui meia dúzia de linhas bem organizadinhas... mas a minha inspiração está um pouco caótica.
Talvez devido a ter visto algumas pinturas de escolas diferentes ontem à noite?... Quem sabe?...
Por outro lado ainda, as três horas e meia de "brasas" por que passei começam a "fazer mossa", e isso também ajuda à (des)organização mental aqui deste vosso amigo.
Em conclusão: isto hoje não está para grandes escritas...
Como tal, circunscrevo-me ao facto de, ontem à tarde, ter dado um pulinho ao Porto, onde presenciei um leilão que incluía objectos de arte, tendo saído da Invicta cerca das 00:15 e encetado uma pacata viagem numa A-1 bombardeada por uma chuva constante, com uma condução super-atenta, por causa de uns aguaceiros mais fortes que me obrigaram a aliviar BASTANTE o pezinho do acelerador, uma paragem pelo caminho para um café... e a chegada a casa cerca das 03:00, com passagem por alguns locais da noite lisboeta com transeuntes noctívagos aparentemente sóbrios.
Uma viagem sem história, portanto.
(Hmmm... Será que isto foi um escrito apenas para "encher chouriços"?...)
Visitante
Wadly (in galeria.brfoto.com.br/
É engraçado...
Com este tempo chuvoso e frio, eu teria razões para estar resmungão e mal disposto.
Mas não... Sinto-me sereno. Sinto-me até... bem disposto e sorridente (sim, porque, para mim existe uma diferença entre o sorriso forçado e o sorriso sentido)...
Acordei sem necessidade de ouvir o rugir agudo do despertador.
Fiz o percurso entre a minha casa e a estação do Metro - que é sempre a subir... - com um sorriso nos lábios (e sem "bofes na boca"... É nestas alturas que prevalece a minha preparação física...)
O eléctrico passou por mim "cantando" na curva (uuuuuuuu!) sobre os carris, como o faz sempre em tempo de chuva (se eu estivesse mal disposto, aquilo tornar-se-ia um uivo lacinante, ferindo os meus ouvidos).
Aspirei o ar da manhã.
(Já vos disse que eu adoro as manhãs...?)
Dirigi-me ao Metro. Nem o facto de ir para debaixo da terra me coarctou a boa disposição.
Recebi dos distribuidores os 825 jornais diários gratuitos que de um momento para o outro proliferaram por esta cidade fora.
Enquanto viajava na habitual quarta carruagem do metro, li um dos cabeçalhos: "Mau tempo vai durar até 5ª feira"
(Hmmm... mas está mau tempo?... Não tinha reparado nisso!)
Saí do Metro na estação "do costume" e percorri o restante caminho até ao café, onde tomei o pequeno almoço e li as "gordas" dos jornais.
(ooops... está a chover... tenho de abrir o guarda chuva...)
Depois, ao virar da esquina, olhei para aquele edifício onde tenho passado os últimos 32 anos e meio da minha vida (e acrescentem-se outros cinco nos andares "velhos" onde laborei no início da minha carreira profissional). O edifício mantém-se igual e hoje nem sequer tem aquela contra-luz das manhãs soalheiras... mas eu gosto "daquilo", pronto!
Ok, definitivamente, eu hoje estou mesmo bem disposto, pá!...
Dei os habituais bons dias à recepcionista, subi ao meu piso, sentei-me à secretária, liguei o computador... e apeteceu-me escrever esta "coisa"...
(aaaaa... era suposto eu já estar a trabalhar... shhhh!
)
Com chuva ou sem chuva, tenham um bom dia.
Visitante
D.R.
Enquanto a chuva chicoteava ferozmente o telhado de zinco, provocando um ribombar próximo do trovão que ecoava por todo aquele espaço, ia trabalhando maquinalmente, com os olhos no que estava a fazer, os ouvidos naquele som cavo e os pensamentos sabe-se lá onde.
Enfim, como dizem os brasileiros, "deixa p'ra lá".
Afinal, como diz o provérbio, "dos felizes não reza a história".
Acrescente-se que dos fracos também não.
Visitante
D.R.
Cinza
Côr húmida do dia de hoje
Triste e Chuvoso
Côr de sentimento sem sentido
Outrora de tom fogoso
Côr que foge
De um amor já perdido
Côr de terra queimada
Outrora de alegria fecunda
hoje rescaldada
Que a tristeza inunda
Cinza côr,
Côr sem côr
Visitante