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Quarta-feira, 30 de Junho de 2010

Fim de tarde

 

 

Olá, Visitantes

 

 

Conforme devem estar lembrados, no post anterior contei-vos como foi uma tarde no meio da criançada.

 

Ao fim da tarde, dei uma pequena volta por uma parte do Parque dos Poetas... e, é claro, pus o "tijolo" a jeito.

 

Saiu-me isto que vocês vão ver a seguir:

 

 

"Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém..."

(Mário de Sá-Carneyro)

 

Neblina de vapor

Ocultando o amor

Entre o chão e o céu

 

"Distante, no poente, esfuma-se uma nódoa
Em verdes tons fluídos que palpitam
Numa névoa indecisa, vaga imagem
Da tristeza do mar pintada em nossos olhos."

(Teixeira de Pascoaes)

 

Pedras eruditas

por tal vizinhança

 

"Hora sagrada dum entardecer

De Outono, à beira-mar, cor de safira

Soa no ar uma invisível lira...

O sol é um doente a enlanguescer..."

(Florbela Espanca)

 

Roda sólida

Altar das musas

 

Sombra projectada
Em direcção a nada
 
Finalmente o crepúsculo
 
... e o caminhante Visitante
Fotos HM
 
 
Continuem a ter uma excelente semana.
 
 
Visitante

 

 


 

 

 

Música: "Ser Poeta" (Trovante)
Sinto-me:
Publicado por Visitante às 23:17
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Quinta-feira, 30 de Abril de 2009

Uma exposição...

antigo_pura_la_73.jpg

Espiral

 

 

Bom dia, Visitantes

 

 

 "MINHA LÃ, MEU AMOR"

 

 

Este é, sem qualquer dúvida, um dos mais marcantes "slogans" publicitários dos últimos anos.

 

Por outro lado - e isso é ainda hoje uma prática comum -, na altura deu-se relevo à agência publicitária que divulgou a campanha. Mas o autor, esse, ficou "escondido"...

 

Pois bem, o autor daquela frase deixou-nos muito mais coisas escritas...

 

Nasceu em 1936 e faleceu em 1984.

 

Numa pose arrebatada e "punho fechado contra o medo", eis aqui a sua imagem. Conhecem-no?

 

DR

 

 

OK, hoje é o dia de puxar um pouco a brasa à minha sardinha.

 

Como é do conhecimento geral, eu trabalho na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), exercendo  funções no Departamento de Fiscalização.

 

Ora, a SPA promove, na "Sala Carlos Paredes" a exposição “Ary dos Santos - A força da poesia”, a propósito do 25º aniversário da sua morte.

 

Com a devida vénia, transcrevo a seguir a notícia sobre esta exposição, deixando o convite para que dêem um pulinho à sede da SPA e vejam alguns retratos do que foi a vida de um dos maiores poetas portugueses do Século XX (se vierem, digam-me alguma coisa. Terei todo o prazer em vos receber. Apenas vos peço um favor: não tragam tomates nem ovos podres para me atirarem, ok?).

 

Mostrar o poeta, o homem, o publicitário e o político é o objecto da exposição "Ary dos Santos - A força da poesia", a inaugurar dia 23 na galeria da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em Lisboa. A mostra está patente ao público até 18 de Maio, mas será reposta nos meses de Julho e Agosto.

 

"Mais do que mostrar o autor de canções inesquecíveis às quais o seu nome ficará para sempre ligado - e sem menosprezar este lado muito importante da poesia de Ary -, a exposição tem uma forte componente biográfica e uma dimensão mais abrangente, já que se pretende dar a conhecer o poeta, a forma como esteve na vida, na publicidade, na política, no seio da família e dos amigos", disse à o administrador-delegado da SPA, José Jorge Letria.

Cerca de 30 painéis com diversos materiais, incluindo fotografias, documentos, objectos pessoais de Ary dos Santos ou relacionados com a sua vida, poemas, letras de canções ou textos que escreveu para revista integram a exposição.

Uma mostra baseada na fotobiografia de Ary dos Santos de Alberto Bemfeita - colega do poeta na agência de publicidade Espiral e seu amigo pessoal - dada à estampa, em 2003, pela Caminho, e que é coordenada pelo artista plástico e cenógrafo Fernando Filipe.

O espólio do poeta - que foi cooperador da SPA - patente na exposição foi cedido pelo Partido Comunista Português (PCP), do qual Ary dos Santos foi militante e ao qual o deixou em testamento.

A mostra assinala o 25º aniversário da morte de Ary dos Santos, em Lisboa, a 18 de Janeiro de 1984, com 47 anos.

Homem da transgressão

"Ary dos Santos foi um homem do excesso e da transgressão", observou José Jorge Letria, para quem Ary foi "um poeta que esteve presente nas canções, na publicidade, na política, que escrevia para revista, mas acima de tudo um grande poeta que usou as palavras de modo único e inimitável".

Foi - qualificou - "um homem que teve sempre uma atitude desmedida, de coragem, força, generosidade e solidariedade cuja obra poética é muitas vezes abafada pelas letras de canções que escreveu".

São também objectivos da exposição dar a conhecer um Ary dos Santos que "nem sequer precisava da canção para ser lido e escutado, contribuindo para que seja mais estudado nas faculdades" e libertando-o de dois preconceitos que recaíram sobre a sua obra.
 
Um desses peconceitos é o de ter sido militante comunista e o segundo ter escrito para canções e para política, o que era considerado menor para a poesia.

Paralelamente à exposição, que nas palavras de José Jorge Letria "é a maior feita até hoje sobre o autor de 'As portas que Abril abriu'", a SPA conta ainda realizar um recital de poesia , para o qual vai convidar José Fanha e Joaquim Pessoa, e um colóquio sobre a vida e obra de Ary.

Lusa

 

 

Termino, citando aqui um dos seus mais belos poemas, musicado por Alain Oulman e cantado por Amália Rodrigues:

 

Meu amor meu amor

meu corpo em movimento

minha voz à procura

do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura

meu punhal a escrever

nós parámos o tempo

não sabemos morrer

e nascemos nascemos

do nosso entristecer.

 

 

Meu amor meu amor

meu nó e sofrimento

minha mó de ternura

minha nau de tormento

este mar não tem cura

este céu não tem ar

nós parámos o vento

não sabemos nadar

e morremos morremos

devagar devagar.

 

Tenham uma óptima quinta feira.

 

 

Visitante

Música: "Estrela da Tarde" (Carlos do Carmo)
Sinto-me:
Domingo, 24 de Agosto de 2008

Ui, ui!! Isto hoje está bonito, está!!

 

DR

 
 
Olá, Visitantes
 
 
De vez em quando, lembro-me de dar largas ao meu lado libidinoso...
 
Será que um dia irei emparceirar com dignos vates nesta sempre tão candente área?...
 
Ora leiam aqui o que para mim são
 
 
SENTIDOS
 
 
Um afago
A minha mão acaricia a tua cara
Sentindo a tua pele macia
E logo o amor se depara
 
Um olhar
Os teus olhos revelam ardor
Brilham como dois archotes
Enquanto tu esperas o meu calor
 
Um abraço
Sinto o teu abandono em mim
Apertas-te contra o meu peito
E eu desejo que não haja fim
 
Um beijo
Aperto os meus lábios contra os teus
Beijas-me a boca serenamente
Sinto-me a caminhar nos sete céus
 
Um toque
As pontas dos meus dedos sondam
Procuram no teu corpo sensações
O desejo e a paixão rondam
 
Dois corpos
Contorcendo-se ao ritmo do amor
Gemendo de desejo e prazer
Num climax de paixão maior
  
 
 
 
Tenham um bom resto de domingo
 
Visitante
Sinto-me:
Música: "Body language" (Queen)
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

Mais um lamento...

DR

 

 

Boa tarde, Visitantes

 

 
Continuo sem muito tempo para escrevinhar aqui... Esperemos que a "crise" passe depressa...

 

Entretanto, não quero deixar de lamentar que o Vasconcelos tenha apagado o conteúdo do seu blog "Mariola".

 

Tenho muita pena, mesmo! 

 

Embora respeite a opção sem precisar de saber as razões (obviamente, as mesmas são do foro íntimo do Vasconcelos...), é sempre muito aborrecido deixarmos de ver algo que nos habituámos a apreciar pela sua qualidade.

 

Os meus votos são de que aquela negra página em branco (mais uma prova de que os extremos se tocam...) volte a ser preenchida com a sua poesia.

 

 

Visitante 

 

Sinto-me: vá lá, faça um esforço!!!
Música: "Get Back" (Beatles)
Domingo, 12 de Agosto de 2007

Uma ROCHA de 100 anos

 

 

 

 

 

 

 

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz 

Assim, 

Já tão longe de ti como de mim.

                                                               

 Miguel Torga  

(in "Suplica")

 
 

Olá Visitantes.

 
Esta é a minha forma singela de homenagear o Médico Adolfo Rocha... e o Poeta Miguel Torga.

 

Visitante

Música: "No Teu Poema" (Carlos do Carmo)
Sinto-me:
Publicado por Visitante às 14:04
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