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DR
Boa tarde, Visitantes
Tenho o grato prazer de vos informar que estive há pouco no médico, e que está tudo bem comigo.
Pois..., ainda não é desta que se livram de mim.... hehehehehe!
(Coitaditos dos "bichinhos", que ansiavam por tão lauto repasto... hehehehe)
Ok, mas agora vamos "falar" um pouco mais a sério.
Em Março deste ano, coloquei um "post" no blog onde abordava uma doença da qual eu também sofro.
Essa doença chama-se "APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO".
Aqui fica o "link" para esse "post" :
http://visitante.blogs.sapo.pt/8833.html
Devido ao seu tamanho, pode parecer um pouco fastidioso. Mas façam um favor a vocês próprios: leiam-no na íntegra (quem ainda não o fez, claro!...)
Haja saúde!
Visitante
A apneia do sono é a principal doença hipersónica (excesso de sonolência) e afecta pelo menos meio milhão de portugueses, na maior parte dos casos homens com mais de 40 anos. A apneia do sono "deriva de um estreitamento da faringe, que acontece durante o sono nocturno, quando há um relaxamento dos tecidos, o que provoca paragens respiratórias e impede a pessoa de dormir descansada", como explicou à Lusa, a directora da Clínica do Sono e especialiosta em pneumologia, Pilar Vasconcelos. Além da Clínica do Sono (unidade de saúde privada) a doença é também tratada em três hospitais de Lisboa: Pulido Valente, São José e Santa Maria. Fora de Lisboa, a apneia do sono só é tratada em Coimbra, no hospital de Covões, e no Hospital de São João do Porto.
Acordar cansado e, como consequência, adormecer com muita facilidade ao longo do dia são os primeiros sinais da doença que, pode degenerar em situações perigosas como adormecer ao volante. Os sintomas vão sendo cada vez mais evidentes. Começam por "ressonar no chão e ouvir-se no quinto andar, urinar demasiado, ter crises de sufocação e chegam à impotência sexual", esclareceu Pilar Vasconcelos.
Segundo a especialista, uma das primeiras a tratar a doença em Potugal, "existe uma pre-disposição genética para a apneia do sono, mas os fumadores e as pessoas com excesso de peso, especialmente as hipotiróidicas, estão mais expostas. Os doentes são na maioria homens de 40 anos em diante, embora as mulheres fiquem vulneràveis à doença após a menopausa", concluiu.
Um caso extremo da apneia do sono foi o de J.R., reformado das Forças Armadas, que viveu um drama de nove anos, como contou a mulher.
Desesperado com a falta de ar à noite, J.R. chegou mesmo a arrancar um lavatório com as mãos e bater com a cabeça nas paredes. De dia adormecia em todo o lado e já nem conseguia manter-se acordado para comer. "Mas o pior de tudo foi ter adormecido ao volante e provocado um acidente", desabafou a mulher, lamentando nunca terem tirado a carta de condução ao marido, e terem agora uma dívida. O caso de J.R. chegou às últimas consequências porque demorou a ser detectado, em parte "devido à pouca divulgação da apneia, mesmo junto a médicos", explicou o vice-presidente da Associação Ibérica do Sono, Pedro Rosado.
Embora o conhecimento da patologia tenha aumentado desde 1998, quando se começaram a recuperar os primeiros doentes em Portugal, "ainda há muito a investigar e divulgar", acrescentou o neurologista.
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Obtive este apontamento num site da internet
Agora, vou contar outro caso:
Havia um homem (a quem chamaremos "Silva") que há vários anos tinha uma coisa muito feia e incómoda: durante a noite e enquanto dormia, ressonava como uma locomotiva diesel.
Um belo dia, estava ele sentado no escritório a escrever uma coisa no computador, ouviu o telefone tocar estridentemente na sua secretária. Atendeu. Ninguém... Apercebeu-se de um ligeiro clique de um outro telefone a ser cuidadosamente pousado no descanso.
Desviou o olhar para o ecrã do computador para retomar o trabalho, quando leu: "os espectáculoossssssslgghkkkkkkkgdflºçkafjs lgeop"...
Tinha adormecido à frente do monitor, e um dos seus subordinados usou aquele expediente para o acordar.
Dois dias mais tarde, o "Silva" falou do assunto à sua médica de trabalho. Foi encaminhado para uma consulta de terapia de sono, onde lhe foi prescrito um estudo de sono, que se realizou no fim de um dia de Outubro no Hospital de S. José, em Lisboa.
Para o "Silva" seria, portanto, uma coisa simples: teria apenas de fazer um estudo de sono, que consistia em ir dormir ao Hospital durante quatro horas. Coisa sem importância, não é?...
Pois...
Ora, precisamente dois dias antes da consulta de terapia de sono, o "Silva" acordou de manhã com algumas dores de cabeça, como aliás era frequente. Disseram-lhe que nessa noite ele tinha estado muito barulhento, mas depois... bem, tiveram de o sacudir durante um bom bocado, porque estava sem respirar e ... já frio...
Ao contrário das outras vezes, nas quais o "Silva" acordava de repente sobressaltado e com o coração a bater mais depressa do que um baterista de "speed thrash metal", dessa vez o "Silva" não deu por nada...
E, de repente, o "Silva" percebeu que algo estava de errado. O "Silva" compreendeu naquele momento que poderia ter morrido durante o sono.
Assim, contou o episódio ao médico, que lhe marcou o estudo de sono para quando pudesse ser possível.
Às 16:00 do tal dia de Outubro, o "Silva", com os olhos pesadíssimos de uma "directa" a que se tinha imposto por indicação do Hospital, deu entrada no gabinete onde iria dormir.
Após uma sessão de uma hora - exactamente, uma hora! - para ser ligado a uma série de sensores espalhados pelo corpo todo, durante a qual o "Silva" ia cabeceando q.b., finalmente foi possível ele adormecer.
Quatro horas mais tarde, foi acordado, tiraram-lhe os montes de sensores e mostraram-lhe os resultados da leitura daquelas quatro horas. E, se já estava preocupado, mais ainda ficou quando lhe mostraram o que significavam esses resultados...
Durante aquelas quatro horas, o "Silva" alternou um estado de sono superficial com sucessivas apneias. Nunca chegou a atingir o sono profundo.
Explicaram ao "Silva" que era essa a principal razão de ele andar sonolento e adormecer à frente do computador.
De volta ao médico, este traçou-lhe uma "sentença de casamento perpétuo" com uma máscara e uma máquina de oxigénio, com as quais o "Silva" tem vindo a dormir desde há mais de um ano.
Aqui estão elas:
Meus/minhas caros/as visitantes:
Assim que eu passei a dormir com esta máscara, as minhas noites passaram a ser diferentes.
Deixei de ressonar, deixei de ter aquelas dores de cabeça matinais, deixei de acordar sobressaltadamente a meio da noite.
Deixei de ter acessos de sono em plena estrada que me obrigavam a encostar para dormitar durante 20 minutos...
Escusado será dizer que essa doença me obrigou a perder peso: os "tais 20 kgs" a que aludo no "Relato quase desportivo".
Um conselho que vos dou é este: Se as pessoas se queixam do vosso ressonar, se vocês acordam frequentemente com dores de cabeça, se andam sonolentos durante o dia... tenham cuidado... e consultem o vosso médico.
Haja saúde
Visitante