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Sábado, 9 de Janeiro de 2010

Faz hoje um ano, estava assim...

 

HM

 

 

Olá, Visitantes

 

 

Calculo que vocês estranhem as minhas ausências prolongadas, mas eu não tenho estado com pachorra absolutamente nenhuma para escrever. 

 

Por outro lado (e tenho de assumir isto...), fui "arrastado" para o Facebook por alguns amigos bloguistas...

 

...E acabei por ser atraído para um jogo extremamente engraçado, que nos entusiasma e transforma adultos já maduros em autênticos miúdos: refiro-me ao "Farmville", um jogo de estratégia e gestão que nos fixa ... e, sim!, é verdade!, nos vicia, também.

 

Tenho para aqui algures uns "posts" em atraso, que irei escrever a seguir.

 

Mas agora, quero deixar aqui uma efeméride:

 

Faz hoje um ano que dei entrada no Hospital de S. José para tirar umas pedras e abrir uma linha de TGV...

 

Curiosos?

 

Vejam (ou relembrem) o que aconteceu aqui, aqui, aqui e aqui.

 

Agora, vou almoçar e mais logo escrevo os "posts" em falta.

 

 

Bom apetite

 

Visitante

 

Sinto-me:
Música: "Cuts Like a Knife" (Bryan Adams)
Domingo, 18 de Janeiro de 2009

A minha saga hospitalar (conclusão)

 

 

 

Boa noite, Visitantes

 

 

Estava a esquecer-me que, na segunda-feira, irrompeu pela minha enfermaria dentro esta menina...

 
Aproveitou uns tratamentos no Hospital dos Capuchos e fez-me uma visita-surpresa. Foi muito agradável revê-la.

 

Na quarta feira, dia 14, após a habitual alv... uuuuuaaahhhhhh ... alvorada das seis da manhã (tira febre, muda penso, mede tensão, toma remédios na veia...yaaah meuuu...), uma ida ao banho... e depois um pequeno interregno sonífero até cerca das oito e trinta.

 

Porquê esta descrição, perguntam vocês?...

 

Porque este foi o dia do meu primeiro pequeno almoço após um período de jejum forçado!!!!

 

Tomei uma chávena de café com leite e um pãozinho com manteiga! Mas aquela coisa foi mesmo deliciosa!!!

 

Oh para mim!, depois de tomar esse opíparo pequeno almoço!!!

 

 

HM

 

A meio da manhã, a minha médica (La Españolita! Olé!!!) visitou-me e examinou a minha cicatriz. La chica decidió que en el dia seguinte iria ser retirado o dreno pelo qual era expelido o líquido proveniente da zona (agora vazia) da vesícula.

 

Espero que não sejam impressionáveis... Mas imaginem que isto é parte do traçado da futura linha do TGV...

 

HM

 

Não houve mais novidades durante o dia.

 

À hora do jantar (que, a propósito, foi carne de vaca cozida com arroz alegre, precedido de uma sopinha de legumes e rematado por um belo doce da avó - quem diria?...), apercebi-me de algum reboliço na sala da enfermeira-chefe.

 

Mais tarde, no decurso do meu habitual passeio de desentorpecimento, deparou-se-me dentro do gabinete da Enfermeira-Chefe esta maldade, este autêntico suplício de Tântalo! Uma caixa de bombons em cima da mesa de reuniões!!!! AAAAAAGGGGHHH!!!!!

 

HM

 

 

Na quinta-feira, dia 15, depois das habituais rotinas (acho que já não é preciso descrevê-las de novo, pois não?...) e do pequeno almoço, fui deitar-me um pouco...

 

... E eis que me entra pela enfermaria dentro uma menina de bata branca que me disse vir a mandado de outra pessoa.

 

Ainda pensei que viesse da parte de mi querida medica "La Españolita". Mas não. E, quando olhei bem para a cara desta nova visita, vi ali uns traços herdados de alguém que já conhecia antes.

 

Era a filha mais nova da Carmenzita .

 

Depois de um almoço de peixinho assado com batatas coradas (bem bom!), deixei-me andar por ali (que remédio, não é?).

 

Ao fim de tarde, fui à sala de pensos e coloquei-me nas mãos ágeis de uma jovem e simpática enfermeira, que me retirou o dreno (é uma sensação estranha vermos algo a ser retirado de dentro do nosso corpo...) e me livrou do "saquinho dos fluidos"....

 

E pronto, eis aqui "a linha do TGV", sem dreno nem "saquinho"...

 

HM 

 

 

Ainda nessa quinta feira, recebi uma boa notícia. "La Españolita" habló que yo podría ter alta na sexta-feira.

 

Olhem só a minha cara de satisfação...

 

HM

 

Dei a novidade à minha estimada esposa, com imediatas instruções para que me trouxesse um saco com roupa "civil" quando viesse à visita.

 

Ela assim fez (é bem mandada, a pequena!)

 

... E as horas foram passando...

 

HM

 

E os cabelos branqueandoooo

Mas o Tejo é sempre novoooo

 

 

 

 

Na sexta-feira, dia 16, Oh! dia glorioso!, Oh! hora que nunca mais chegas!, Oh, doente impaciente!, estava eu à espera de uma médica...

 

... E recebi a visita de duas...

 

... Que não foram de modas!... Armadas de utensílio apropriado, lançaram-se à minha cicatriz e, com denodo e arreganho, extrairam-lhe parte dos agrafes.

 

Depois, preencheram-me os almejados papeis, eu vesti a minha roupa civil e....ALA QUE SE FAZ TARDE!!!!

 

HM 

 

 

E assim se conclui a minha saga hospitalar.

 

Quero expressar aqui o meu profundo agradecimento a todo o pessoal, de enfermagem e auxiliar, do Serviço 5 - Sala 1 do Hospital dos Capuchos, bem como à Dra. Vanessa "La Españolita".

 

Foram todos de um profissionalismo inexcedível - e de uma boa disposição inultrapassável também (embora eu ache que ajudei à festa...).

 

O mal do nosso sistema de saúde decerto não passa por pessoal como este.

 

Quanto a vocês, Visitantes, tenham uma boa semana.

 

 

Visitante

 

 

Música: "Dancing in the Street"
Sinto-me:
Sábado, 17 de Janeiro de 2009

A minha saga hospitalar (capítulo 2)

 

 

Boa noite, Visitantes

 

 

Após um sábado sem história (dia 10), em que este rapaz passou todo o dia de cama, ora dormindo ora acordado, o dia seguinte foi o início da recuperação.

 

Pelas seis da manhã, começa a azáfama dos enfermeiros e auxiliares. Em primeiro lugar, pôr o termómetro (que foi sempre acusando temperaturas normais, às quais eu chamava "febre de cadáver") e antibiótico, para além de outros preparados... tudo isso "p'á veia, meu... yaaahh".

 

Às oito da manhã, substituição do balão de soro (acreditem ou não, nunca senti qualquer fome  durante o período de jejum pós-operatório, que se prolongou por dois dias). Depois... ir ao duche, assim que houver vaga. Finalmente, voltar para a caminha, pois esta coisa ainda está muito fresca.

 

Hora de ver o penso e mudá-lo. Nesta foto, vocês podem ver o autêntico atentado ecológico que foi a rapagem de parte da minha "floresta amazónica"

 

HM

 

Ok, está tudo em conformidade. Continuemos, pois ainda falta algum tempo.

 

Na segunda feira, dia 12, a mesma rotina.

 

Embora me sentisse melhor, ainda estava em pós-operatório, pelo que continuei a soro.

 

Já pude fazer uma pequena caminhada dentro do perímetro da enfermaria, para desentorpecer as pernas.

 

À hora de jantar, a primeira "prendinha": uma CANJA DE GALINHA!!!! Vivaaaaaa!!! ... mas... olhem lá! ... vocês chamam "canja" a esta água quente com odor de galinha, dois farripos de carne e... deixa cá contar... hmmm... doze bagas de arroz?...

 

Resignado, tomei aquilo...

 

Na terça feira, a mesma rotina matinal. Animado pela ideia de que iria começar a comer (ainda só beberia um sumo por cada refeição), lembrei-me de ir à janela assistir ao nascer do sol.

 

Captei o momento.

 

HM

 

Na noite desse dia, tomei finalmente a minha primeira refeição sólida: peixinho cozido com vagens e esparregado, uma sopa e uma maçã assada .

 

 

(Continua)

 

 

Visitante

 

 

 

Sinto-me:
Música: "Hungry like the wolf" (Duran Duran)
Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009

Caros Visitantes, estou de volta...

 

 

...com um parafuso a menos....aaaaa.... quero dizer... com um órgão a menos, mas estou de regresso!

 

 

Antes de responder a todos os comentários que me fizeram, quero desde já agradecer a todos os que, mais ou menos frequentemente, me ligaram, a saber do meu estado de saúde.

 

A todos, um sentido "muito obrigado"! Vocês não fazem uma pequena ideia do quanto me ajudaram a ultrapassar esta semana de internamento.

 

Bom, e agora, vou contar-vos um pouco da minha odisseia destes últimos oito dias, que, como vocês sabem, começou assim.

 

Na sexta-feira 9, de missiva da minha médica de trabalho em punho, saí do meu emprego e dirigi-me de imediato às urgências do Hospital de S. José, onde dei entrada às 17:58.

 

Após a recepção, fui submetido a raio-X, análise ao sangue e ecografia abdominal.

 

HM 

 

Tudo isto, como é lógico, em "velocidade de caracol". No momento em que tirei esta foto com o meu telemóvel, estava à espera de poder fazer a ecografia, coisa que só aconteceu cerca das 23:00.

 

Também é preciso ter em conta que aquele Banco do Hospital de S. José estava pejado de doentes com gripe.

 

Após a ecografia, a jovem médica que me atendeu ("una nuestra hermana" de trato impecável) disse-me com o ar mais natural deste mundo (e num português arrevezado): "O Sr. já não vai sair, pois irá ser operado esta noite".

 

(Não fiquei surpreendido. Antes de sair do emprego, eu pesquisara na internet elementos acerca daquilo que se suspeitava eu tivesse. E vi que quase todos os casos redundavam em intervenção cirúrgica. Como tal, eu já ia mentalizado).

 
Convoquei mulher e filhote para irem ter comigo a S. José e disse-lhes o que iria acontecer. Passei a chave do meu carro ao meu filho para que ele o levasse para casa.

 

Depois, a troca de roupa (brrrr! estava frio!), e a ida de maca para o bloco operatório - o mesmo bloco onde eu tinha sido operado ao nariz três anos antes e que sofreu profundas obras de beneficiação, tendo agora um muito melhor aspecto.

 

Estava eu a apreciar a parafernália de equipamento à minha volta enquanto a médica anestesista dava instruções aos enfermei....

 

...

 

 

..."Sr. Henrique!!!", ouvi eu....

 

Abri os olhos, fechei-os e abri-os de novo... e disse, já em tom de brincadeira, para os presentes: "Eh pá, vocês fazem uma má vizinhança desgraçada! Não deixam um tipo dormir sossegado!"  Eram 03:40.

 

Passei a mão pelo abdómen e dei conta dos meus novos e provisórios "adereços". Prudentemente, retirei a mão. Afinal, ainda estava meio-"grog"...

  

HM 
 

 

 

A jovem médica veio ter comigo para se inteirar do meu estado, e explicou-me o que fôra feito: a minha vesícula estava totalmente inflamada, inclusivamente com um rompimento que só não deixou a inflamação espalhar-se para os orgãos vizinhos porque alguns cálculos (vulgo "pedras"), o obstruíam .

 

Aaaaa... onde é que eu ia?... AH!, já me lembro!

 

Depois de algumas horas no recobro do bloco operatório (estava lá tão bem...), era a altura do meu primeiro banho pós-operatório. Apropriadamente designado por "lavagem à gato", consiste numa lavagem feita na própria cama do recobro, onde temos de nos virar para um lado e para o outro enquanto nos passam um pano húmido pelo corpo (as "partes gagas" são limpas pelo próprio doente... hehehehe).

 

Depois, avisaram-me de que iria ser transferido para o Hospital dos Capuchos, onde está sedeado o serviço especialista dos casos como o meu.

 

Uma curta viagem de ambulância e eis-me a entrar no Hospital dos Capuchos (... Visitantes, quando um tipo está numa maca de uma ambulância, num pós-operatório de poucas horas, aí sim, é que sente NA PELE - e na zona operadaui ui!! - como as ruas de Lisboa são irregulares... ufa!!).

 

E pronto... estou numa cama de hospital pela segunda vez na minha vida.

 

Depois de cumpridas as formalidades, preparei-me para os dias de convalescência que fossem necessários, para o que me armei de maciças doses de paciência e bom humor.

 

 

(Continua)

 

 

Visitante

Música: "Cuts Like a Knife" (Bryan Adams)
Sinto-me:
Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009

Pedras...

DR

 

 

Ontem, ao fim do dia, uma dor aguda que me incomodou ao ponto de me dificultar a respiração, no lado direito do meu abdomen.

 

A noite, passada com uma respiração entrecortada e sem posição certa para estar deitado.

 

Hoje de manhã, de novo as dores, que se manifestavam a cada gesto meu.

 

A ida à médica de trabalho. Suspeita de pedra na vesícula.

 

... E uma carta que me vai acompanhar às urgências do Hospital de S. José.

 

Vamos no que isto dá...

 

Tenham um bom fim de semana.

 

 

Visitante

Música: "Ouch!"
Sinto-me: .. expectante